sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Dia 4 de Fevereiro dia Mundial Contra o Cancro.


Excelente foto de 4 mulheres que fizeram reconstrução da mama, e tiveram a coragem de se exporem, para chamar a atenção da importância de fazer a prevenção.


Em 2010, quase 25 mil portugueses morreram vítimas de um tumor maligno, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística.


Mortes por cancro aumentam todos os anos
Cancro tem forte impacto na sociedade


Na véspera da comemoração do Dia Mundial de Luta Contra o Cancro, que se assinala sábado, o presidente do Colégio da Especialidade de Oncologia da Ordem dos Médicos, Jorge Espírito Santo, lança um alerta: em Portugal, "a doença oncológica é o parente pobre" da saúde.

"A doença oncológica tem aumentado em termos de incidência, de exigência, de peso assistencial. Tem aumentado em termos de recursos necessários, de complexidade da decisão terapêutica e daquilo que se faz aos doentes", disse à Lusa o especialista.

Em Portugal, a doença faz cada vez mais mortos. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), nos últimos cinco anos registou-se um aumento de 12% de mortes por cancro.

Apesar do aumento de mortes, Jorge Espirito Santo sublinha que a taxa de sobrevivência à doença é cada vez maior: "Há cada vez mais mortes em termos absolutos, mas a taxa de mortalidade da maioria dos tumores tem estado a diminuir".

"Globalmente, por cada 100 novos doentes diagnosticados hoje com cancro, daqui a cinco anos, esperamos que entre 55 a 60 estejam vivos. Ora, este valor é muito mais alto do que era aqui há dez e há 20 anos, quando o valor andava pelos 40%", explica Jorge Espírito Santo.
De acordo com os números do INE relativos a 2010, os cancros na laringe, brônquios e pulmão são os que provocam mais mortes em Portugal (4046), seguindo-se o cancro do cólon (2650 mortes), do estômago (2323), do tecido linfático (2009) e da próstata (1786 casos mortais registados).

Jorge Espírito Santo lamenta que em Portugal o cancro tenha sido "sempre sub-financiado". "Os recursos que são consumidos no combate ao cancro - desde a prevenção até aos cuidados paliativos - são muito mais baixos do que o impacto que a doença tem na sociedade", defendeu.

Lembrando o "bolo global da área da saúde", o especialista critica o facto de a fatia gasta com o cancro ser "muito mais pequena do que o impacto da doença na sociedade".

A foto é de Berta Marques
O texto do Jornal de Notícias.

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