segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Dia Mundial da Luta Contra a Sida


Dia Mundial da Luta Contra a SIDA
A palavra SIDA é formada pelas primeiras letras duma situação clínica, designada por Síndroma de Imunodeficiência Adquirida.
Calcula-se que as primeiras infecções ocorreram em África nos anos 30, porém, o primeiro registo de uma morte por SIDA remonta a 1976, quando uma médica dinamarquesa contraiu a doença no Zaire (República Democrática do Congo). No entanto só quatro anos mais tarde é que começaram a aparecer casos inexplicáveis de doenças oportunistas em homossexuais já contaminados nos EUA.

A descoberta do vírus aconteceu em 1983 e foi atribuída ao francês Luc Montagnier do Instituto Pasteur em Paris e ao americano Robert Gallo, do Instituto de Virulogia Humana da Universidade de Maryland nos EUA.



As estimativas da ONUSIDA (Programa das Nações Unidas para o combate à SIDA) e da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre o VIH-SIDA, indicam que existem actualmente cerca de 40 milhões de pessoas em todo o mundo infectadas com o vírus da SIDA. Estes números são, porém, apenas uma estimativa conservadora, já que, de acordo com o relatório epidemiológico do VIH-SIDA de 2006, apenas 10% das pessoas infectadas
conhecem o seu estatuto serológico.



O VIH é um vírus bastante poderoso que, ao entrar no organismo, se introduz no sistema sanguíneo, onde começa de imediato a replicar-se, atacando o sistema imunológico, destruindo as células defensoras do organismo (os Linfócitos T4), deixando a pessoa infectada mais debilitada e sensível a outras doenças, as chamadas doenças oportunistas.

Esta doença, na fase final de evolução, provoca uma diminuição total da capacidade do organismo de resistir a infecções, mesmo as mais simples e mais correntes, tornando-as tão graves e tão difíceis de tratar, que acabam por levar à morte.

A transmissão pode acontecer de variadas formas: relações sexuais, contacto com sangue infectado e também de mãe para filho (durante a gravidez, parto ou amamentação).


A epidemia de SIDA é dramática em África e em Moçambique em particular. Uma crescente proporção de Moçambicanos está a ficar infectada com VIH, calcula-se que 16% da população está contaminada. De acordo com os dados existentes, o VIH-SIDA em Moçambique afecta diariamente mais de 700 pessoas.

São os adolescentes aqueles que estão em maior risco de contrair o VIH-SIDA, devido à falta de conhecimento sobre como prevenir a infecção, pressão dos pares e comportamento de risco.

Em 2006, cerca de 99.000 crianças com menos de 15 anos viviam com VIH-SIDA, sendo que a maioria destas tinha menos de 5 anos de idade. Calcula-se que até 2010, o número aumente para 121.000.

Estima-se que o VIH-SIDA, caso não venha a ser entretanto controlado, fará reduzir a actual Esperança Média de Vida de 42,5 para 39,9 anos até 2010.



Koffi Annan, ainda enquanto secretário-geral das Nações Unidas afirmou que "desde os anos 80, o vírus propagou-se segundo um padrão que não podíamos imaginar nem nos nossos piores pesadelos. O mundo demorou demasiado tempo a racionalizar e milhões de pessoas pagaram com a sua vida esta demora". A pergunta que se coloca hoje, mais de duas décadas depois, é, "Será que um dia, todos, mas mesmo todos, já seremos poucos para ainda tentar inverter esta dramática constatação?"...

Artigo retirado da Net(Ser Humano)

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