sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Dia Mundial da Luta Contra o Cancro

Actividade física semanal reduz incidência do cancro
Fazer 150 minutos de actividade física moderada por semana pode reduzir o risco de cancro da mama e do cólon, segundo as novas recomendações da Organização Mundial da Saúde, divulgadas hoje, sexta-feira, a propósito do Dia Mundial do Cancro.

Hoje no jornal de Notícias


Novos hábitos sexuais" aumentam número de jovens com cancro oral
10h52m

Há cada vez mais jovens a dar entrada nos serviços do Instituto Português de Oncologia com cancros orais. São doentes oncológicos vítimas de "novos hábitos sexuais": sexo oral com vários parceiros.


"Novos hábitos sexuais" aumentam número de jovens com cancro oral
Há mais jovens com cancro oral


Há muitos anos que o perfil social do doente de cancro oral está traçado: homem, entre os 50 a 60 anos, fumador e com hábitos alcoólicos por vezes muito marcados. No entanto, nos últimos anos, os médicos dentistas que trabalham no Instituto Português de Oncologia (IPO) de Lisboa começaram a deparar-se com um novo padrão, "com uma prevalência crescente", revelou Daniel de Sousa, responsável pelo Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do instituto.

"Existe uma nova realidade, que são doentes mais jovens, na casa dos 30 anos, com cancro oral, que corresponde a situações relacionadas com infecção da mucosa oral pelo Vírus do Papiloma Humano (HPV)", contou à Agência Lusa o cirurgião do IPO de Lisboa.

O professor universitário explicou que o fenómeno se deve a "uma alteração dos hábitos sexuais desta população", que tem mais parceiros sexuais. É que a transmissão de doenças é feita através de sexo oral.

Apesar de serem "cancros orais com uma menor agressividade" e que "respondem melhor à terapêutica", Daniel Sousa defendeu a necessidade de algumas medidas preventivas.

Para o cirurgião do IPO de Lisboa, é preciso alertar a população para o risco de se ter múltiplos parceiros. A vacinação em relação ao vírus HPV de maior risco é outra das sugestões do especialista, que alerta, no entanto, para o facto de a eficácia da vacina ainda não estar cientificamente comprovada.



Hoje no jornal de Notícias


Um cão treinado para farejar o cancro colorectal é quase tão fiável quanto os resultados de uma colonoscopia, defende um estudo publicado ontem no jornal médico Gut, com vista ao desenvolvimento de métodos menos invasivos para detectar a doença. Marine, a cadela de raça Labrador retriever,de oito ano, utilizada no estudo, teve as mesmas 95% de respostas positivas que as colonoscopias quando farejou amostras da expiração e 98% quando se tratarm de amostras de fezes, segundo a mesma investigação, citada pela agência de notícias Bloomberg.



O faro dos cães é especialmente eficaz em cancros que estejam numa fase inicial, com os animais a conseguirem distinguir pólipos de neoplasias, o que não acontece com as colonoscopias. Os resultados apontam para a existência de componentes orgânicos voláteis que podem ser a base diganósticos não-invasivos de cancros colorectais, escreveram os investigadores orientados por Hideto Sonoda, da Universidade Kyushu University, no Japão. As colonoscopias, que implicam a introdução de um tubo com uma câmara no reto, e testes menos invasivos, como análises ao sangue fecal, só detectam casos da doença numa fase inicial em um em cada 10 casos.



“O mais impressionante é a capacidade do cão de detectar o cancro dos intestinos em estádios precoces”, explicou, por e-mail, Trevor Lockett, investigador do cancro do intestino da Commonwealth Scientific and Industrial Research Organisation, na Austrália. A maioria dos exames não invasivos detecta mais eficientemente cancros em fases mais avançadas do que numa fase precoce, acrescentou. “A detecção em fases precoces é o verdadeiro santo graal no diagnóstico dos cancros do intestino uma vez que as cirúrgias conseguem curar cerca de 90% dos pacientes nestas situações”, referiu Trevor Lockett.



Neste estudo, Marine farejou amostras de 48 pessoas com cancro do intestino confirmado e 258 de voluntários que eram saudáveis ou que tinham sobrevivido a um cancro. O tratador pediu à cadela que identificasse a amostra que apresentava neoplasias em conjuntos de cinco. “Este estudo mostra que existe, de facto, um odor específico deste tipo de cancro”, sublinham os investigadores. “Este odor pode ser uma ferramente indispensável para se fazerem as triagens”. De acordo com os cientistas, Marine foi primeiro treinada para salvamentos em água e, desde 2005, que tem sido treinada para detectar cancros.




Estudos prévios concluiram que determinadas raças de cães, sobretudo Labradores e cães de água português, são capazes de farejas cancros da pede, bexiga, pulmão, mama e ovários. Cães devidamente treinados conseguem igualmente detectar melanomas cheirando uma ferida na pele.


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