Domingo, 12 de Julho de 2009
Pâncreas: Investigação abre esperança ao tratamento do cancro
O cancro do pâncreas é um dos mais letais e quando é descoberto já pouco se pode fazer, mas investigadores da Universidade de Coimbra recorreram à genética para descobrir quais as lesões que se tornarão malignas.
Pioneira a nível internacional, a investigação está a ser finalizada no Centro de Investigação em Meio Ambiente Genética e Oncologia (CIMAGO) da Faculdade de Medicina de Coimbra e os resultados permitem perspectivar, a curto prazo, uma metodologia capaz de discriminar as lesões que no futuro evoluem para cancro.
A investigação consiste em análises genéticas de vários marcadores no DNA do líquido ou aspirado pancreático, colhido na biopsia, identificando as mutações que prevêem a evolução para a malignidade.
Deste modo, a análise genética pode ser feita muito antes da degeneração, o que permite uma conduta terapêutica preventiva, ou seja, a cirurgia, que continua a ser o mais eficaz tratamento destes tumores.
Pelos métodos actualmente disponíveis, em cerca de 80 por cento dos casos em que se detecta um cancro do pâncreas já não é possível operá-lo e o tratamento por quimioterapia e por radioterapia tem resultados muito limitados, referiu à agência Lusa José Manuel Pontes, coordenador da investigação.
«Mais de 90% das pessoas a quem é diagnosticado cancro do pâncreas estão mortas em cinco anos. Entre os 20 por cento que são operáveis, a maior parte acaba por ter uma recidiva tumoral e morre», explica.
Na prática, «só nos casos que, quase por milagre, são diagnosticados numa fase muito precoce é que a cirurgia é curativa e estão vivos aos cinco anos», refere, salientando que este é o quinto cancro mais frequente em Portugal, e tem vindo a aumentar a nível internacional.
Em média surge já na terceira idade, mas também aparece em crianças. O tabaco e o álcool, além da história familiar, são factores de risco.
O número de novos casos em cada ano (entre 500 e 1.000) é idêntico ao dos doentes que morrem, afirma José Manuel Pontos, frisando ser algo que não acontece com mais nenhum tumor.
A equipa da Universidade de Coimbra tem vindo a pesquisar as mutações genéticas com risco oncológico em tumores e quistos. Participam cerca de 160 doentes dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), Instituto Português de Oncologia do Centro (Coimbra) e Hospital CUF (Lisboa).
A análise dos marcadores genéticos é feita a partir da colheita na biopsia, que já habitualmente é feita no doente que apresenta queixas ou lesões, não encarecendo assim o diagnóstico nem sujeitando o paciente a nova intervenção invasiva.
José Manuel Pontes diz que em 25% dos casos em que é possível operar acaba por se constatar que a cirurgia era desnecessária, pois o que existia era apenas uma inflamação pancreática. E trata-se de uma operação de alto risco, com elevada morbilidade e mortalidade.
«O objectivo é permitir um diagnóstico mais seguro, fiável, para detectar quais as lesões que evoluem para a malignização, e propor um tratamento preventivo, que é a cirurgia», conclui o investigador.
Diário Digital / Lusa
Desta vez sim, estou livre do IPO
Há 5 meses
10 comentários:
É bom que apareçam novas esperanças neste tipo de cancro. Fez dia 8 um ano que o meu sogro morreu, vitimado por este cancro que atacou de forma rápida : 3 ou 4 meses depois do diagnóstico. A idade de 77 anos também não ajudava. Enfim, agora está em paz.
Bjs.
Beijos Isabel, e uma boa semana.
É mito reconfortante saber que a ciência continua a evoluir para minorar os efeitos desta praga.
Ainda esta semana vou fazer uma surpresa a vocês!!!! (Aldinha e Zé Manel) :D
Beijinhos
Espero que cheguem rapido a algumas conclusões sobre esta "peste" . Para a minha mãe já é tarde infelizmente apos ser descoberto demorou 4 meses para "ele" me a roubar, a quimioterapia que ainda a subteram foi meramente paliativa e no ultimo mes devido as altas doses de morfina que lhe davam ficou inconsciente. Para se ficar em paz não devia ser necessario sofrer tanto...
Só peço a Deus que esta pesquisas começem a dar resultados rapidamente...
Beijokas Alda+Ze
Guadalipe
quero dizer , ja nem sei escrever o nome, deve ser do adiantado da hora...
Guadalupe
Olá Aldinha, ainda bem que ciência está a evoluir para a decteção mais eficiente dessa maldita doença que infelizmente quando no pâncreas quase sempre ou mesmo sempre faz vitimas.
XI-CORAÇÃO
Natty
A minha sogra foi-lhe detectado este tumor no pancreas há 11 meses, tem vindo a fazer quimio, entretanto as lesoes estenderam-se ao figado e aos ossos, as dores aumentam, é horrivel, será preciso sofrer tanto... era uma pessoa sem antecedentes, alimentação normal e regrada... não dá para perceber. Neste momento o que a alivia são os comprimidos de morfina que toma, não sei por qt mais tempo. Boa sorte para os investigadores..
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