sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Feng Shui



Feng Shui: o verdadeiro e o falso

Existe, hoje em dia, uma miscelânea de informação, desde os livros e revistas tecnicamente muito bons até aos livros de “receitas faça você mesmo”...
É com satisfação que afirmo que nos dias de hoje, o feng shui já está disponível a qualquer um. No entanto, existe uma miscelânea de informação, desde os livros e revistas tecnicamente muito bons até aos livros de “receitas faça você mesmo”. É aqui que devemos estar atentos para saber o que nos convêm.

O feng shui é uma arte que pode ser trabalhada de diferentes maneiras consoante a escola que se utiliza: a escola da forma dá uma maior importância aos fluxos do chi, já a escola do chapéu negro determina que a porta de entrada está sempre na direcção do eixo dos sectores nordeste, norte e noroeste, por sua vez a escola da bússola trabalha com os pontos cardeais reais, referindo a importância da exposição solar.

A maioria das pessoas que pega num livro ou artigo de feng shui pela primeira vez, considera-o muito interessante e parece que tudo faz sentido, no entanto, quando tem contacto com outro livro começa a constatar que a informação parece contraditória.

Pois a verdade é que não há contradições mas sim situações diferentes que inicialmente possam parecer semelhantes mas que nos são apresentadas com soluções ou propostas diferentes.

Neste momento a confusão já é grande, e a culpa não é do feng shui , mas sim das tentativas de criar feng shui pré-fabricado, faça você mesmo, rápido e simples.

Num artigo ou livro de feng shui podemos explicar um ou outro exemplo prático e até podemos fazer alguma recomendação mais universal ou generalista, mas não podemos esperar que alguém fique a saber fazer feng shui apenas com isso.

Outra fonte de confusão é a má tradução a partir de textos estrangeiros que leva mesmo à alteração do sentido das expressões. Muitas vezes “compass” em inglês foi traduzido para compasso em vez de bússola, a energia árvore é muitas vezes apelidada de madeira confundindo-se depois com o material madeira, etc...

Outra situação é a proposta decorativa segundo hábitos e costumes a que não estamos familiarizados, como é o caso de propostas demasiado asiáticas, moedas penduradas em fios vermelhos, espelhos côncavos emoldurados num ba gua e pendurados nas portas, imagens ou estatuetas para as quais não sabemos ao certo o seu simbolismo.

Procure alguém que a possa ajudar e em quem possa confiar. Utilize o seu sexto sentido e faça apenas aquilo que para si faça sentido.

Afaste-se de “especialistas” que só lhe querem vender peças para decorar o seu espaço. Algumas peças podem ser bastante utilizadas com ferramentas de harmonização dos espaços, mas elas por si só não fazem o trabalho. É muito importante o local onde são colocadas e como as utiliza, por isso fuja das receitas e lembre-se que cada caso é diferente de outro. Por vezes basta um pequeno pormenor para modificar toda a qualidade da energia de um espaço.

No feng shui, tal como noutras disciplinas, existe algo que podemos chamar de bom senso e que vai permitir seguir diferentes estilos.

O feng shui dá as ferramentas de trabalho para harmonizar o espaço mas não deve nunca sobrepor-se ao seu gosto pessoal e ao seu modo de vida.

Texto de: Alexandre Saldanha da Gama | Site: Fluir

1 comentário:

Margarida disse...

Olá Alda, vim agradecer a tua visita e comentário no blog das bonecas.Vai lá sim, vais ver que vais gostar.
Comentei neste artigo pois também me interesso , mera curiosidade, mas gostaria de aprofundar.
Beijinhos e boas férias.
Guida