terça-feira, 12 de maio de 2009

Vencer o cancro de saltos altos...


Notícia do PÚBLICO, em nome de Isabel Lencastre

Marisa Marchetto Vencer o cancro de saltos altos
10.05.2009, Texto Margarida Santos Lopes
Se o cancro da mama é o segundo entre os que mais matam mulheres em todo o mundo, Marisa Acocella Marchetto crê ter encontrado uma arma ainda mais mortífera para o combater. Fez uma BD e mostrou como "saltos assassinos de 12 centímetros" intimidam qualquer "célula zangada".

O trabalho começou na viagem de avião que a trouxe a Lisboa, para a apresentação da edição portuguesa do livro Cancer Vixen, e ficou pronto antes do regresso a casa, em Nova Iorque (Estados Unidos da América) - menos de uma semana.
Não foi fácil a Marisa Acocella Marchetto encontrar tempo para desenhar para a Pública e respeitar os prazos de entrega dos seus trabalhos para a New Yorker e a Glamour.
Mas quem sobrevive a um cancro, tudo consegue. Não sejam vítimas, foi a mensagem que desenhou. Sejam mais generosas. Há uma receita para uma vida feliz: tomar uma dose de amor e perdão todos os dias.
1. Descreva-se a.c. (antes do cancro)
[ Marisa (eu) a.c.
(antes do cancro)
O meu peso
O meu cabelo
O meu isto
A minha dieta
Os meus sapatos
A minha vida
Eu, eu, eu, eu, euuuu
Eu tinha de ter os melhores sapatos
As melhores malas
Os melhores jeans
Os melhores óculos de sol
Ir às melhores festas
E tudo de tinha ser do melhor, melhor, melhor!]

2. Encontrar um caroço no peito e saber o diagnóstico de cancro da mama sem seguro de vida foi devastador. Como encontrou coragem para lutar?
[Tenho este hábito nervoso. Chama-se desenhar...
... é melhor do que eu antes fazia, ao manter as minhas mãos ocupadas
Bem, descobri que quando passamos os nossos sentimentos a papel, a isso se chama 'diário de um objectivo'. Aqui está como eu desenhei as 'células cancerosas', e quando fiz isso, ri-me delas. Tornou o cancro menos intimidativo.]

3. De um modo geral, as pessoas ainda olham para o cancro da mama como uma sentença de morte. Por que motivo sentiu necessidade de contar a toda a gente - até a estranhos - que tinha cancro?
[Cancro
Eu queria tirar o cancro para fora de mim...
Cancro
Cancro
E colocá-lo numa página
Tirem isso das vossas mamas, raparigas!
Escrevam!
Escrevam!
Escrevam! *
*Este processo chama-se 'diário de um objectivo']

4. Foi fácil, para si, dizer a palavra "cancro"?
[Ri-me na cara do cancro! Ha ha ha ha ha!!!]

5. Levou a obsessão pelos sapatos até às sessões de quimioterapia. Isso foi importante porquê?
[Eu pratiquei a 'lei da distracção', focando-me em algo bonito e não em algo doloroso...
As agulhas não têm graça
A única coisa que me fazia sentir bem era olhar para os meus sapatos]

6. Como é que aprendeu a aceitar todas as transformações do seu corpo depois dos tratamentos e amar-se a si própria?
[Eu, d.d.
(Depois do diagnóstico)
Lembro-me de dizer ao meu corpo...
'Corpo, tu vais entrar em dieta, fazer exercício e ganhar o respeito que mereces!
E obrigada por lutares e seres forte!]

7. Como é que psicólogos, rabis e santos a ajudaram a sobreviver? Ainda precisa deles?
[A minha fé ampara a minha vida
Maria, Rainha do Céu
Cabalistas, usam sobretudo branco
O Padre Jake está comigo em espírito]

8. Escreveu que a experiência do cancro a mudou para sempre - até conseguiu perdoar pelo menos uma das suas "inimigas". Qual é a "receita" para ser mais positiva e generosa?
[Receita para uma vida feliz.
Amor
Perdão
Tome uma dose saudável todos os dias!]

9. Sem o grande amor de Silvano (e da sua mãe), a sua história seria diferente?
[Eu não estaria aqui sem o AMOR
Silvano usa sempre os seus óculos escuros]

10. Vixen, uma guerreira, e não uma vítima - qual o objectivo do seu livro? O que recomenda a outras mulheres?
[Não seja uma vítima, seja uma VIXEN
Eu pensei nisso
Eu vi isso
Eu acreditei nisso
Eu tornei-me nisso
Desenhei-me a mim própria como uma vixen que dá um pontapé no cancro, e este desenho estava no meu estirador nesse ano do cancro [2004]
Agora, chamo ao meu estirador a minha 'mesa magnetizadora'
VEJA-SE COMO VIXEN E SERÁ UMA
VIXEN!] a

Na primeira sessão de quimioterapia, Marisa Acocella Marchetto usou umas sandálias Charles Jourdan azul-metálico de lucite. Nas seguintes escolheu criações de Giuseppe Zanotti, Casadel ou Emílio Pucci. "Em vez de me concentrar na agulha que me espetava a mão, olhava para os meus maravilhosos five-inch killer heels [saltos assassinos de 12 centímetros] para me descontrair", diz esta americana, a "ilustradora citadina, louca por sapatos, obcecada por batom, apreciadora de uma boa pinga, doida por massas e fanática por moda" a quem foi diagnosticado um cancro de mama, em Maio de 2004. Tinha 43 anos e faltavam três semanas para se casar com "o homem perfeito".
A dar um pontapé num tumor "do tamanho de uma pérola" é como ela se desenha a si própria em Cancer Vixen (edições Asa), a BD que veio lançar a Lisboa na semana passada - mais de 200 páginas coloridas de humor e amor. Sim, ela cronometra o medo que sentiu ao descobrir um caroço no peito, confessa a vergonha de nunca ter feito uma mamografia, alardeia o embaraço de ter deixado caducar o seguro de saúde e não oculta o pavor de ser abandonada pelo amor da sua vida. Por outro lado, é de forma hilariante e sem autocomiseração (mesmo no desconsolo) que vai dando conta de todas as etapas da batalha contra "um sacana que não veio nada a calhar" - quando ela, solteira Acocella, havia conquistado Silvano Marchetto às jovens que, descaradamente, o cobiçavam, planeava a compra de um gracioso vestido de noiva, e os editores das revistas New Yorker e da Glamour lhe requisitavam mais trabalhos. Oportunidade para aqui confirmar como é dura a vida de freelance ("por cada desenho vendido, há 100 que são rejeitados"). E ela não parou na doença, sempre acompanhada dos seus dois gravadores presos com fita-cola, câmara fotográfica, caderno de esboços e a caneta favorita, Rapdiograph 0.35.
Marisa, que vivia num "apartamento superchique - um minúsculo T1 no 2.º andar de um prédio de três, sem elevador, em West Village [Nova Iorque]", e frequentava todos os "eventos in", diz à Pública que trocou o lema take it off your chest ("tira isso do peito") por take it off your breast ("tira isso da mama"). Quando fala do passado, já está a pensar no futuro. "Antes de pensar na quimioterapia, concentrei-me na minha lua-de-mel. Não queria que me vissem como doente de cancro."
É por isso que, com ela, zombamos das "células zangadas" (cancerosas), criaturas verdes de língua escarlate de fora e dedo em riste num gesto obsceno. Que devoramos as tempestuosas conversas com Violleta, a mãe ou (S)mother - trocadilho para a expressão inglesa "asfixiar". Que aguçamos os ouvidos para os mexericos com as APS (amigas para sempre). Que rejubilamos com os raspanetes da Virgem Maria ("Se passares o dia na cama, nunca vencerás") e de Mary Poppins (Acabou-se a lamúria! Levanta-te... Já, já"). Que partilhamos a sua revolta por os testículos não serem "colocados num torno", tal como as mamas são "espremidas, esborrachadas, esmagadas e entaladas" nas mamografias. Que nos surpreendemos com a devoção a Santa Filomena e ao Beato Jacob, "protectores dos que sofrem", conjugada com sessões espirituais no centro cabalístico judaico.
Conclusão de Marisa: "Se somarmos 29 agulhas, oito quilos, 11 técnicos de radioterapia, 11 assistentes médicos, nove enfermeiras, oito médicos, 192.720,4 dólares, dois rabis e um padre, o resultado é uma experiência que me mudou para sempre." Em Lisboa, cinco anos depois de sentir que o universo a aspirara para um buraco negro, a loura que "apenas se preocupava com questões estúpidas e egoístas de auto-estima, pele e cabelo", confessa que continua a ser uma fashionista.
"Oh sim, ainda gosto muito de andar na moda, mas agora na perspectiva de me fazer sentir mais poderosa", confessa enquanto se senta na poltrona de um hotel, o sol primaveril a iluminar o rosto translúcido bem maquilhado. "Deixei de ser uma vítima da moda para ser uma vencedora. Já não é uma questão de competição, mas a expressão de quem se sente bem. Se nos sentirmos bem, isso reforça o nosso sistema imunitário e, assim, são menos as probabilidades de adoecermos. É uma outra forma de terapia."
"Hoje, trago umas calças de cabedal justas e um sapatos altíssimos como eu adoro, tudo preto e Alexander McQueen", descreve-se a pequena Marisa (menos de 1,60 m), alongando as pernas para exibir o que qualifica de "grande extravagância" do ano corrente. "Esta camisola [cor-de-rosa, ostentando um laço da luta contra o cancro da mama] não tem marca, e a camisa tem uns 20 anos, mas aprecio combinar velho e novo. A sombra dos olhos permanece azul. As unhas, pintei-as de turquesa. Combinam bem com os ténis do meu marido" - e com a pedra do anel de noivado.
Encostado a uma janela, Silvano, 62 anos, interrompe a conversa, fixando em Marisa os olhos azuis de ternura com que ela o retrata no livro a ele dedicado. "Então era isso que vinha naqueles sete sacos que o empregado levou lá a casa!", brinca num inglês-italiano (quase) imperceptível. "Sim", ri-se a primeira ilustradora do jornal New York Times ('autora the The Strip, que saía aos domingos alternados na secção Styles'). "Não lhe posso esconder nada."
"Os tacões de 12 centímetros de salto fazem-nos sentir conquistadores do mundo", elucida Marisa. "As pernas não ficam bonitas com saltos rasos e eu não me sinto confiante." Na sala VIP, enquanto a mulher caminha altiva nos seus pumps (sapatos fechados com abertura à frente), o marido desfila, divertido, os ténis de múltiplos tons, personalizados com o logótipo do restaurante (famoso pela gastronomia toscana e pela clientela famosa) de que é proprietário em Nova Iorque, o Da Silvano.
Violleta e Jackie Kennedy
O logo - a cara bonacheirona de Silvano, de cabelo branco e óculos de sol - foi o princípio de uma relação que o cancro solidificou. Marisa tinha ido ao restaurante que Spielberg e Armani frequentam para escrever um artigo sobre "o preço de estar na moda". A reportagem não chegou a ser publicada pela extinta revista Talk porque se tornou superficial depois dos ataques de 11 de Setembro de 2001. Em Janeiro de 2002, ela propôs a Silvano compensá-lo, desenhando o cartão de inauguração de um novo estabelecimento. Apresentou quatro sugestões e ele aceitou todas, depois de inúmeras modificações a que ela aquiesceu pacientemente. Difícil resistir a um galã que nunca se zanga e cuja palavra de ordem é che bella giornata.
Além de carros desportivos (sete) e relógios (60), Silvano também colecciona sapatos - terá cerca 100, o dobro de Marisa, por causa das nódoas que apanha na cozinha -, mas a paixão que ela sente por andar de saltos altos foi herança de Violetta Paolina Margarida Mazzucca d'Rentis Acocella. "Quando comecei a desenhar, aos três anos, já imitava a minha mãe, que trabalhava em casa. Lembro-me que, aos quatro anos, tinha botas de verniz cor de marfim; aos cinco, botas de verniz pretas; aos seis, botas de cano alto e salto quadrado, verniz de cores verde ácido e laranja vivo. Já naquela altura, eu era uma shoe-aholic [sapatoólica]!"
Violleta "tem um extraordinário fashion sense", elogia Marisa. "Nos anos 1960, ela usava Pucci e tinha o cabelo preto comprido como o da Cher, com uma madeixa loura na franja -muito na vanguarda. Levava-me às compras e o seu gosto era sempre o mais ousado. Foi ela que me encorajou a exprimir-me pela moda."
Numa troca de emails com a Pública, a partir de Nova Jérsia, onde vive, a mãe de Marisa desvenda que começou a desenhar sapatos antes de terminar o liceu. "Eu ia para Nova Iorque aos sábados e deixavam-me fazer os meus sapatos durante o fim-de-semana. Fui depois completar os meus estudos para o Pratt Institute [escola de arte e arquitectura], mas sempre a desenhar sapatos."
Quando se licenciou, Violletta foi trabalhar como designer na I. Miller Shoe Company, "naquele tempo, o mais requintado fabricante de sapatos de Nova Iorque", mas foi no armazém de luxo Bergdorf Goodman que ela conheceu Jacqueline Kennedy. "Quando ela me telefonou [para fazer uma encomenda], pensei que era alguém a pregar-me uma partida", relata. "Tinha uma voz doce e falava com eloquência. Tornámo-nos amigas e tínhamos algo mais em comum do que os sapatos. Estávamos ambas grávidas. Ela de John Jonh e eu de Marisa. Lamentávamo-nos por termos os pés grandes - embora ela ficasse contente por os meus serem maiores (número 42) do que os dela (número 41). Foi este episódio que me fez desenvolver tamanhos grandes e desenhar para ela sapatos que a faziam parecer maravilhosa. Ainda guardo um par de sapatos que fiz para mim na mesma altura que fiz para Jackie."
O bicho do cartoon
Não foi só nos sapatos e na moda que Violleta influenciou Marisa. "Vi como Marisa era talentosa desde muito pequenina", exulta a mãe. "Encorajei-a a seguir o seu talento. Aos quatro anos, levei-a a uma amiga que era professora de arte. Ela recusou inicialmente dizendo que não era babysitter. Pedi-lhe que a deixasse assistir apenas a uma aula. E Marisa foi, aos quatro anos, a uma aula de adultos. No final, a professora estava deslumbrada com a filha fabulosa que eu tinha. Pegou nas duas aguarelas que ela pintou, emoldurou-as e apresentou-as a um concurso. Marisa ganhou o primeiro prémio."
Marisa dá mais pormenores: "A minha mãe desenhava sapatos fabulosos para mulheres e eu, aos três anos, tentava desenhar mulheres que conhecia. Aos oito, cheguei à conclusão de que essas mulheres eram muito aborrecidas. Não tinham nada para dizer. Um dia, o meu pai decidiu que iríamos ter umas férias grandes e fomos até às Bermudas. Ficámos num hotel que a minha mãe detestou, porque era muito pequeno. Queixou-se ao gerente e ele deixou-nos ficar numa casa cor-de-rosa em frente ao resort. Nas paredes havia desenhos com legendas, e eu exclamei: 'Oh meu Deus, as mulheres que eu desenho sabem falar!"
A casa era de James Thurber, lendário cartoonista da New Yorker. "Nessa noite fiquei a ler as revistas e os livros dele até de madrugada", relembra. "Duas horas depois, acordei com formigas a subirem-me pelo corpo. Fomos para uma carrinha e havia lá outras 400 formigas. Gosto de dizer que fui mordida pelo bicho do cartoon. Foi assim que a aventura começou."
Inquirida sobre se a sua mãe gostou da maneira como a desenhou em Cancer Vixen (que esteve para se chamar Breast Cancer Scenario, "título horrível" que um amigo chumbou), Marisa dá uma gargalhada: "Depois de meses de ausência, já na arte final, fui visitar os meus pais. A minha mãe entrou na sala, tinha emagrecido 12 quilos, e disparou: 'Não gostei da maneira como me desenhaste'." Violleta dá a sua versão: "Eu sei que Marisa me ama. O livro confirma esse amor e tocou-me o coração." Quanto a ser tratada como (S)mother, admite: "É um modo carinhoso de mostrar a minha personalidade, mas sim, creio que amo os meus filhos DEMASIADO, e agora todos me chamam (S)mother."
Falta-nos alguma coisa?
Se Violleta é uma mãe "sufocante", Marisa só poderá ser madrasta de Leyla, a filha de Silvano. Uma das passagens mais comoventes do livro é quando ela interioriza que só poderá engravidar aos 49 anos, devido à ingestão do Tamoxifen, medicamento que "bloqueia o estrogénio no peito". Desenha um bebé num céu estrelado e o diálogo é tristonho: "Desculpa... pensei que tinha muito tempo, mas só tinha um piscar de olhos." E a criança despede-se: "Adeus." Violleta chora: "Sempre pensei que ias ter uma menina."
Marisa conformou-se: "Muita gente ficou impressionada. Não poder ter filhos é uma realidade. Mas tenho uma enteada maravilhosa. Tenho uma vida muito ocupada. Tenho muito trabalho. Tenho uma vida cheia. Tenho um marido maravilhoso." Vira-se para Silvano e pergunta: "Falta-nos alguma coisa?" Ele murmura: "Nada!"
A grande missão de Marisa é agora o seu Cancer Vixen Fund, que tem Silvano com "principal benfeitor", criado em colaboração com o Hospital de St. Vincent, onde foi operada e tratada. "Este projecto é dedicado às mulheres que não têm seguro de vida e a quem foi diagnosticado cancro de mama", especifica. "Mais de 49 por cento correm o risco de morrer da doença. Porque adiam os exames ou, se estes dão positivo, não se tratam por falta de dinheiro. Temos vários patrocinadores: a fundação Estée Lauder, a Breast Awareness Campaign, os [armazéns] Bloomingdale's e a [transportadora] Continental Airlines, entre outros. Também somos membros da American Cancer Society."
O Vixen Fund foi uma ideia que nasceu quase ao mesmo tempo que Marisa soube o seu diagnóstico. "Senti que tive muita sorte [o cancro foi detectado no início, uma leve quimioterapia não lhe fez cair o cabelo, amigos e chefes criaram uma rede de solidariedade, Silvano incluiu-a no seu seguro de saúde] e eu quis retribuir."
A instituição realiza duas vezes por ano cerca de 300 mamografias gratuitas. Desde 2006, "felizmente, só um caso deu positivo". Poderá não ter um final feliz. Mas Marisa acredita em milagres. a

msl@publico.pt

3 comentários:

Natty disse...

Belo texto Aldinha, GANDA Marisa Acocella, mas destas Marisas também nós cá as temos que são todas VÓS, sem os tais saltos de 12cm claro! mas com muita FORÇA e muita GARRA e não podia faltar o tal AMOR.... Eu sou mais a Violletta e a Jacqueline Kennedy, porque adoro sapatos e calço o 41.
GRANDE XI-CORAÇÃO
Natty

Alda disse...

Olá Natty,
Somos todas as grandes guerreiras, em saltos de 12 cm ou não...
Beijinhos

May Alek disse...

Um beijo carinhoso para você, Alda.
Sei que ando sumida, mas tenho acompanhado o blog.