quinta-feira, 13 de novembro de 2008

História de vida de Leandro



Ainda hoje li esta história no Jornal de Notícias, também vencedor.


São estas as palavras da minha amiga Isalenca sempre atenta a estes casos enviou-me este texto, e como às vezes não vêem os comentários eu achei importante fazer um post! Obrigado amiga!



O pintor que venceu a leucemia
A história de... Leandro Machado, pintor

JOÃO PAULO COSTA/JN
Uma leucemia aguda colocou-o no corredor da morte em 2004, mas Leandro, 27 anos, fintou a doença com a mesma arte que coloca nas telas. O artista está de volta com uma exposição.

Leandro Machado não esquece 21 de Fevereiro de 2004. Chegou a casa, em Sever do Vouga, cansado e disse à mãe, Helena, que se sentia doente, sem forças. Um médico amigo aconselhou-os a irem a Águeda fazer análises. O grito de Helena ecoou no hospital quando a médica lhe disse que o filho, na altura com 24 anos, tinha uma leucemia aguda, que o poderia matar em poucos meses. Ontem, Leandro recordou a história com um sorriso, que só se justifica porque está curado do cancro no sangue. A esperança que lhe foi transmitida nos Hospitais da Universidade de Coimbra, onde esteve sete meses a fazer quimioterapia, concretizou-se há poucos meses, quando os médicos do Instituto de Oncologia de Lisboa, que lhe fizeram o transplante de medula óssea, o informaram do sucesso da intervenção. Apesar da solidariedade de centenas de conhecidos e desconhecidos que durante meses, em vários locais, deram sangue na tentativa de salvar Leandro, acabou por ser a irmã, Raquel, dois anos mais velha, a salvar o irmão. A compatibilidade que sempre mostraram na vida consolidou-se em 30 de Março de 2005, dia do transplante.

O pós-transplante foi o pior período, conta Leandro: "Foi mil vezes pior que a quimioterapia. Nos sete meses que estive em Coimbra a minha preocupação não era a dor, que praticamente não sentia, mas sim cumprir tudo o que os médicos me pediam. Não queria desiludir a minha família e amigos. Tinha de cumprir a minha parte para não ser mais um a sair de maca coberto por um lençol como muitos dos que conheci no hospital". Complicados foram os meses que se seguiram. "Só pedia morfina para me tirarem as dores e uma vez senti que ia morrer, foi como se estivesse a sair do chão, uma pena no ar... mas safei-me", graceja.

Leandro estudava na Escola Universitária das Artes de Coimbra, onde está a tirar um mestrado, e jogava futebol. Foi colega do benfiquista Moreira nos juniores do Salgueiros (quando fez o Secundário no Porto) e jogou no Pessegueirense (clube local). Desde 1996 que expõe o que pinta. Este sábado (até dia 30) vai mostrar, no Centro de Arte de Sever do Vouga, "Pinceladas de Sonho, Sossego e Medo", 26 telas a acrílico que, não sendo o filme dos seus últimos anos, podem retratar o que sentiu. "Gostaria que viessem ver o artista e não o recuperado, mas ficarei satisfeito se a minha vida encorajar alguém", conclui.

9 comentários:

Lina Querubim disse...

Olá Alda, ADORO histórias de vida com um final feliz o Leandro só provou ser um GUERREIRO e fez frente á doença, PARABÉNS e que tenha uma linda vida pela frente!
Bjsss para os dois ;)

Cristina J. disse...

É de arrepiar...chiça!

Penso que esta história real e bem sucedida de auto-transplante pode ser mais uma motivação para a nossa Gigi.

Realmente, já nem sei comentar a grandeza destas pessoas iluminadas.
Um longo percurso de coisas boas para o Leandro.

Bjinhos Alda e não fico nada chateada, afinal não há obrigatoriedade em responder aos desafios.

Alda disse...

Eu também desejo ao Leandro uma nova vida com saúde, alegria e felicidade!

Pensei logo na Gigi, daí fazer este post, para lhe dar força e coragem !


Força Gigi também vais conseguir vencer!!!

Nela disse...

Aldinha, roubei este texto e coloquei-o no blog da Gigi.
Jinhos

Isa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Isa disse...

É verdade Alda, eu também li.
A exposição dele começa amanhã e prolonga-se por uma semana.
Sever do Vouga fica aqui pertinho e eu estou a fazer intenções de ir lá.
Também a 1ª coisa que me veio à cabeça foi a Gigi, embora neste caso a irmã lhe tenha servido!...
Vou lá mais para ver o seu trabalho, e obviamente para o conhecer também, afinal estivemos todos no mesmo ou num barco parecido...
Vou convidar a Cinda, e ver se ela quer ir também.
Bjos
Isabel Alegria

Anónimo disse...

É simplesmente arrepiante...
Faz hoje dois anos que tambem eu nasci de novo para a vida.
O Impacto da noticia é horrivel,como eu compreendo o grito daquela mãe....
Apesar de Tudo o k peço todos os dias a Deus é Saude mas peço acima tudo que protega os meus filhos destes problemas.
Espero que quando chegar a velhhinha e possa continuar aqui a partilhar estes desabafos contigo amiga e com todas as outras.
A vida é linda....

Bjokas grandes para ti+ZM
Enfim para todos
Guadalupe

Anónimo disse...

Olá a todos,
Eu tb tive um cancro da mama...já lá vão uns 10 aos.Na altura com 2 filhas pequenas ( 7 e 10 anos). Foi como que o mundo desabasse...foi uma notícia terrível, (para quem nunca pensava que isto podia acontecer...) Ganhei muita coragem...pensei logo que tinha as minhas filhas para cuidar e não podia deixar-me invadir pelo desánimo...Fiz 6 sessões de quimio e 25 de radio...Foi muito duro...Um mal estar terrível (depois da quimio. Fiquei sem cabelo, inchada pelos tratamentos...sofri imenso...Mas sempre tive apoio da família. As minhas filhas eram a minha "ancora"...e embora sofressem tb bastante...já passou o pior (graças a Deus).Nunca mas nunca devemos desanimar...é importante para a nossa recuperação. Hoje sinto-me bem e está tudo bem, Embora as "marcas" me afectem...Como me tiraram os ganglios da axila do braço direito, tenho o meu braço bastante inchado...isso é pior...as mangas têm que ser largas e às x não encontro de geito...tb não gosto de andar com o braço à mostra...sinto complexos...e às x no Veão é complicado...
Mas do mal o menos...
Abraços e beijos a todos.
Nunca percam a esperança.MARIA

Anónimo disse...

Olá Leandro,
A nossa coragem e força de vontade,podem mudar muita coisa....inclusivé a doença...nunca percam a coragem para atingir a "meta"...
Felicidades
Maria